Os vários tons do Thom

O nosso segundo entrevistado é amante da leitura. Flamenguista dos enjoados ele canta o hino como faz uma reportagem, com emoção.  Veio abrilhantar o mundo no dia 22 de maio de 1989, dia do abraço. É, foi assim que seus pais os receberam, com um delicioso abraço. Esse amor aos livros tem uma herança genética que advém do seu avô, um dos poucos seres que conhecem a nossa história com maestria.  Dr. Ronaldo Vasconcelos Farias o vê como profissional de uma profissão que admira e que já confessou a quem vos escreve ter frustação por não ter sido jornalista.

Jornalista diplomado pela UNIMEP de Piracicaba, São Paulo, dono de uma “neguinha” marcante em seu rosto emoldurado por madeixas loiras encaracoladas como tão bem retratou Roberto Carlos “Debaixo dos caracóis dos seus cabelos”, música que Thomaz Farias Fernandes, o talentoso repórter do Portal de Notícias G1 da Rede Globo, nosso convidado, considera inesquecível.

Perspicaz, jocoso e observador, Thom, foi apresentado ao mundo do conhecimento pela Escolinha de tia Kita. Geminiano, amigo, leal e impactante em seus argumentos, o nosso ex-aluno, jornalista da Plim Plim, lembrou com carinho que começou na extinta Pingo Gente junto com amigos como Décio Argolo, Anderson Avelino, José Henrique e outros.

Ele recordou ainda de professores como tia Liu e tia Sú e que certa vez foi se parar no bobinho embora sempre estivesse no ranking dos “certinhos”. Quando indagado a respeito que nota daria a ENSC ele respondeu: “Nota 10, não senti dificuldades em outras escolas”, ressaltou.

Parafraseando o hino do Mengão, “Uma vez Flamengo, Flamengo até morrer...”. “Uma vez aluno da ENSC, aluno da ENSC até morrer”. O Ensc Notícias aportado pelas ondas das redes sociais pousou em terras paulistas para extrair os variados tons do THOM. Confira!

Ensc Notícias - Quando escolheu sua profissão?

Thomaz Fernandes - Quando tinha 14 anos e li o livro Abusado, de Caco Barcellos.

EN - Lembra-se da Escola de Tia Kita?

TF - Lembro sim, comecei quando era Pingo de Gente e lá na escola antiga, meses depois da minha entrada mudamos para o lugar onde funciona hoje e se tornou ENSC.

EN - Quem eram seus colegas?

TF - Décio, Rafael, Anderson Avelino, José Henrique, Josué, Abreu, Alberto, Ítalo, Fernanda, Lorena, Júlia, Luiza, Emily (de Celino), Hellen, Thuana. Acho que tive outros na sala, mas esses eram os meus amigos.

EN - Quais professoras você lembra?

TF - Me lembro de todas que eu tive tia Liu, tia Su, tia Norma, tia Josenita, tia Márcia e tia Dirce.

EN - Qual sua melhor lembrança da Escola de Tia Kita?

TF - São várias, o brinquedo que eu mais gostava era um gira-gira, que tinha várias cadeiras e um volante no meio para impulsionar.  Eu gostava de vovó Nete (acho que é assim), que fazia a limpeza e ficava na cantina, gostava de tia Dé, e adoraaaava as apresentações de fantoches.

EN - O que você levou de bom da Escola de Tia Kita que até os dias de hoje você pratica em sua vida profissional?

TF - Grandes amigos, não só os da minha sala, mas de todas as outras. Meus melhores amigos, ainda hoje, estudaram com Tia Kita. E eu ainda sei de cor um monte de músicas que cantavam na ora da oração.

EN - Já sentou no bobinho?

TF - Uma vez eu e meus colegas de sala começamos uma confusão na ora da oração e fomos todos para a sala e de cabeça baixa. De resto, eu era muito chato pra fazer coisa errada, RS.

EN - Qual a nota você dá à ENSC?

TF - Nota 10, quando saí não tive dificuldade com o ensino de outras escolas, a relação com colegas e professores sempre foi, e ainda é, de muito carinho até hoje. Eu sou capaz de lembrar da maioria dos momentos que vivi lá e, pra mim, isso é um sinal das coisas boas que a escola me trouxe.

AS RAPIDINHAS DO ENSC NOTÍCIAS

Um lugar inesquecível: Serra Grande
Que lugar deseja conhecer? O mundo, rs.
Uma bebida: Uma cerveja gelada com meus amigos ou um vinho com minha mulher.
Um sonho de consumo a realizar: Morar em uma cidade com praia.
O que você aprecia em seus amigos: O bom-humor, sempre.
Melhor livro: Gabriela cravo e canela, Jorge Amado.
Melhor cantor (a): Caetano Veloso
Praia ou piscina: Praia!
Programa de TV: Hoje em dia futebol e seriados de TV.
O que é ser amigo: Ser amigo é aquele que reencontramos depois de meses, anos e conversamos como se tivéssemos nos visto há uma hora. Amigo é amar, não importa a distância e o tempo que nos separe.
Palavra que o defina: Vontade.
Uma música inesquecível: Debaixo dos caracóis dos seus cabelos, Roberto Carlos.
Melhor balada: Com cerveja gelada, música animada e gente divertida, qualquer balada é boa.
Ídolo: Meu pai.
Que time você torce: Flamengo.
Religião: Não tenho.
O que você gosta em Uruçuca? Eu sou uruçuquense, não nasci em Uruçuca, mas vivi lá 10 anos e ainda é o primeiro endereço que visito quando volto para a Bahia. Eu amo muitas pessoas que estão na cidade e, para mim, Uruçuca é a base de toda a minha personalidade. A maneira de enxergar o mundo, a razão pela qual gosto e trabalho com política, as expressões e frases que uso, os hábitos e a maneira com que me relaciono com as pessoas. Não tem algo que eu goste em Uruçuca, eu gosto de estar em Uruçuca.
Uma frase, bordão, máxima que leva com você? "Hay que endurecerse, pero sin perder la ternura jamás.", "Há que endurecer-se, mas sem jamais perder a ternura”, Che Guevara. 


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